Certamente a solução dessa problemática no entremeio tangível de uma transição para o mundo - porque é nesse impasse que a criança está - deve olhar essa arena ou esse território escolar, posterior à família (instituição), como o espaço mais relevante das crianças, embora diante também dessa normalização infantil deve-se também optar em processos que estão entre o sentido educativo e o sentido político. Portanto, imagino que o conflito (entre o educativo e o político) dirime-se desse estranhamento que torna familiar o espaço escolar, familiar no sentido de ensaiar a esfera da ação política, ou melhor, da política da criança.
Mas, por fim, entendo que Arendt deixou em suspenso um campo a explorar, qual racionalidade política é essa que pode vir das crianças? Como os in-fans – aqueles que não tem voz - podem ascender à ação e ao discurso? Quais experiências podem construir no mundo público? Como entender o espaço-escolar assimilado à esfera pública do aparecimento da criança e da manifestação da pluralidade e da liberdade?
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