A política pode
ter diversas mãos ou modos de exercícios bem como de capturas. A princípio,
como Bakhtin (2011) alerta sobre a ética do aparecimento do autor (da autoria),
logo, todo sujeito deve falar claramente de seu lugar, ou mais ou menos deve
apontar donde fala, donde diz as coisas, as pressuposições, as ideias, etc. Eu
digo (e assim penso que digo) da Educação, da Filosofia e dos Estudos com
Crianças e Infâncias, inclusive, digo do Espaço Escolar.
Assim fiz minha
nova produção intitulada Observações
sobre a produção da política da estética escolar (nas produções da história da
educação) e a diluição do sentido escolar pela via da discursividade. Se o
título não deixa tudo tão clarividente, acrescento que se trata de
problematizar a política do texto (textum) como política efetiva da produção do
real escolar, ou melhor, este trabalho tem por objetivo problematizar as
produções do campo da educação como produção
política e estética, logo, contrapor a não-neutralidade
do textum em relação à práxis.
Tematiza (também)
o sentido da escola na fuga de seu sentido, via alguns arranjos discursivos
modernos. Dialoga com as tendências e as polaridades interpretativas da discursividade em Foucault, Deleuze, Derrida
e Bourdieu, bem como da ação do sujeito no
mundo em Arendt, Gadamer e Habermas. Por fim, empreita a metodologia da
racionalização das teorias da produção educativas espraiadas do lócus histórico e sociológico,
refletidos nas ideias e teorias sobre as produções educativas, nesse caso, pensa
sobre a crítica às próprias produções e escritos, testados de sua
verificabilidade e de sua criticidade, enfim, esboça algumas possibilidades de encontro e reconciliação do
sentido escolar dado como valoração
estética textual e também dado como opção política da produção textual.