Crianças e Infâncias |
No
texto anterior falava-se um pouco sobre os lugares em que se ocupam os
pesquisadores com crianças e infâncias. Notou-se muitas produções, por sua vez,
podendo serem organizadas ou sistematizas segundo o interesse. Mas há uma
questão que se coloca em tantas produções, no sentido do curto tempo desse novo
campo, pois, devido os diversos modos e maneiras de pesquisas infantis, segundo
Jobim e Souza e Pereira (1998) é possível identificar as tendências que vão
surgindo sobre o cientificismo em torno das infâncias a produzir o que os
autores denominam de “racionalização da infância”. Talvez, é nesse aspecto que
Agamben (2005) pode relacionar a origem da história como saber que destrói a
experiência da infância e da sua linguagem. Na verdade, se essa é a questão, a
história da educação flexiona com a sociologia da educação, ou melhor,
sociologia da infância, tais categorias - criança e infância – que são
contrastadas no sistema de educação, por efeito, gera-se a construção cada vez
maior de teorias e diversos modos de tratamento ao tema. E este levantamento de
questões críticas desta vontade de saber ao modo científico, segundo Quinteiro
(2005), pode destacar algumas demandas metodológicas emergentes, pois, “pouco
se sabe sobre as culturas infantis”,
aliás, fato que se apresenta à maneira de contrariar as produções do meio (acadêmico),
já que são diversas e muitas, como se mensura; porém, o problema surge de outro
modo, pois, não se permite dar à criança espaço à sua voz (ou fala) como também,
segundo Quinteiro (2005), não se confia no testemunho da criança, principalmente,
aquela do Ensino Fundamental. Inclusive, pouco se conhece também, continua a
autora, sobre as relações de poder entre o adulto e a criança, outra provável
falha metodológica, como pude constatar no texto anterior a este, aliás, essas
problematizações fazem parte da complexidade de metodologias, teorias ou
abordagens sobre esse grupo social, deveras, muito especial.
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