É bom lembrar por aqui, logo de início, sobre como Bourdieu expressou a teoria da reprodução social escolar, aliás, junto ao sociólogo Jean-Claude Passeron, este, pouco lembrado no contexto, pois, as teorizações - como lidas no livro A Reprodução e Escritos de Educação, este, organizado somente com ideias de Bourdieu - colocam em relevo algumas intenções, digamos, mais bem enfocadas nessa mira crítica que há no contraste das relações de ensino com as relações de classe do sistema escolar.
Nesse sentido crítico da escola, deveras, é preciso ir com certos cuidados, porque parece que tal constação providencia uma visão pessimista ou despontencializada da escola, entretanto, se a crítica à escola contemporânea é, desse modo, acirradamente intensa, por sua vez, é dessa flexão sociológica que seu caráter e funcionalismo social surgem, ou melhor, a crítica deve equalizar propostas e rupturas com muitos entraves ou obstáculos à colocação mais justa e oportunizadora da escola a seus sujeitos.
Nesse sentido crítico da escola, deveras, é preciso ir com certos cuidados, porque parece que tal constação providencia uma visão pessimista ou despontencializada da escola, entretanto, se a crítica à escola contemporânea é, desse modo, acirradamente intensa, por sua vez, é dessa flexão sociológica que seu caráter e funcionalismo social surgem, ou melhor, a crítica deve equalizar propostas e rupturas com muitos entraves ou obstáculos à colocação mais justa e oportunizadora da escola a seus sujeitos.
Ademais, eis que as autoridades escolares e as produções dos experts (pedagogos, sociólogos, psicólogos) devem colocar no nível direto de propagação dos que alguns chamariam de ideologia, outros, de interesse da classe dominante, ou, ainda, que são prioridades estatais, porém, trata-se muito mais, como dito acima, de um espécime de funcionalismo escolar, que aquilo que se diz ser hierarquia de domínio ideológico, ou seja, na visão desta ação microfísica - que é uma anatomia política do sistema escolar – é que se aplica uma correlação com as práticas discursivas, tanto conscientes quanto inconscientes, tornando plausível tal poder-saber ser visto como positivo e produtivo.
Desse modo, o fenômeno da violência simbólica a que as crianças estarão submetidas nessa interface que conflita com os interesses da classe dominante, desse entremeio, surge a configuração do sentido a que se chama reprodutivo social-escolar, que dizer, tanto o capital social quanto o capital cultural, a que todos os atores escolares estarão dispostos e expostos, nesta trama social, parece registrar o embate latente entre as relações de ensino e as estruturas das relações de classe.
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