domingo, 18 de agosto de 2013

Marx e a Ideologia marxista

Karl Marx, 1818-1883
Tomando como referência o que dizem Japiassú e Marcondes (2006, p.141), ou seja, que a ideologia marxista vem tomada pelo sentido crítico, pois, (com ela) se recorta (criticamente) esse fenômeno da superestrutura, que está no entremeio das relações sociais e a estrutura econômica da sociedade, enfim, (com ela) se demonstra como tal gargalo classista acaba por servir exatamente aos interesses da classe dominante, o que se chama de ‘burguesia’, logo, desse modo e por efeito, os pensamentos dominantes serão, na verdade, (sempre) os pensamentos de sua dominação, ou seja, a ideologia serve para justificar o domínio exercido como tal e também para manter a manutenção da sociedade nessa dicotomia proletários/burgueses (quer dizer, da burguesia versus do proletariado). Não penso que seja uma dicotomia, uma dualidade, a menos que se veja nessa polarização burguesia e proletários uma redução semântica da teorias social, porém, não estaremos mais com Marx, porque a dialética implica necessariamente num devir ou movimento histórico, que, no caso deste filósofo, ao ter invertido a dialética de Hegel, que para ele estava com de cabeça para baixo, o Espírito marxista explicita uma Teoria Social em que as relações de produções implicam numa Ontologia "material" das Ideias, não ao contrário, como em Hegel. Ou seja, a materialidade das relações de produção mantém nexo com as ideias da burguesia, não ao contrário. Mas Karl Marx propõe de fato uma síntese para mudar a lógica classista, qual deva ser então? Sua resposta não cabe aqui mais que sintetizar numa palavra: revolução. Isso dito, por enquanto, para não fecharmos o assunto, basta-se!

QUESTÃO: Será que a Ideologia marxista se oferece como um tipo de "poder invisível", de sentido construtivo? como podemos superar, por outro lado, conforme a crítica ao materialismo histórico-dialético marxista da determinação filosófica ideológica, ou melhor, será que há fissuras - ou não - nesta "determinação" do sujeito marxista?
Referência Bibliográfica

JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

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